sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

"E o meu coração embora finja fazer mil viagens, fica batendo parado naquela Estação ..."
"De que vale a palavra pensada que não gravada em si mesmo?!"
"Não que fosse impossível, mas como amar alguém que não ouve a mesma canção?
Não se ama alguém que não ouve."
Cáh Morandi
"Se voar, voe. Não se espante quando der com o céu, que não tem fim como o
amor por ti que guardo em mim ..."
"Esperar é reconhecer-se incompleto."
Guimarães Rosa
"E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim !"
 Florbela Espanca
"Ser profundamente amado por alguém nos dá força; Amar alguém profundamente nos dá coragem."
Lao-Tseu
"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma."
 Fernando Pessoa
“Somos inocentes em pensar, que sentimentos são coisas possíveis de serem controlados. Eles simplesmente vêm e vão, não batem na porta, não pedem licença. Invadem, machucam, alegram (...)”

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A medida do Abismo
Não é o grito
A medida do abismo ?
Por isso eu grito
Sempre que cismo
Sobre tua vida
Tão louca e errada ...
– Que grito inútil !
– Que imenso nada !

Vinícius de Moraes
"Você não tem noção da vontade que eu sinto de beijar teus olhos e te dizer absolutamente tudo o que eu sinto e que ainda não pude dizer. Chega a ser maior que eu essa vontade de te abraçar novamente, mas não daquela maneira delicada como antes; agora o mais forte que meus pequenos braços conseguirem suportar. "E te fazer sentir o tamanho do amor que pode existir em mim, em você."

Anne Sthefanie

Guardei-me para ti como um segredo
Que eu mesma não desvendei
É preciso que me tomes, além do riso e do olhar,
Naquilo que não conheço e adivinhei;
É preciso que me ensines a canção do que serei
E me cries com teu gesto
Que nem sonhei.

Lya Luft
Onde a brasa mora                             
E devora o breu
Como a chuva molha
O que se escondeu

O seu olhar seu olhar melhora
Melhora o meu

Ceumar
O Seu Olhar
"Levai-me por onde quiserdes, aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira."
Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.

John Lennon
Peter Docter e David Silverman
Monstros S.A., 2001

O Haver

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo:
— Perdoai! — eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo que existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer balbuciar o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano, ou essa súbita alegria
Ao ouvir na madrugada passos que se perdem sem memória...

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera cega em face da injustiça e do mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de sua inútil poesia e sua força inútil.

Resta esse sentimento da infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa tola capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem de comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo esse desejo de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não têm ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
E transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta essa obstinação em não fugir do labirinto
Na busca desesperada de alguma porta quem sabe inexistente
E essa coragem indizível diante do Grande Medo
E ao mesmo tempo esse terrível medo de renascer dentro da treva.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem história
Resta essa pobreza intrínseca, esse orgulho, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta essa fidelidade à mulher e ao seu tormento
Esse abandono sem remissão à sua voragem insaciável
Resta esse eterno morrer na cruz de seus braços
E esse eterno ressuscitar para ser recrucificado.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, esse fascínio
Pelo momento a vir, quando, emocionada
Ela virá me abrir a porta como uma velha amante
Sem saber que é a minha mais nova namorada.

Vinicius de Moraes

"Medo, culpa, vergonha - eu aceito, eu me contento com pouco - eu não aceito nada nem me contento com pouco - eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo!"

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
Rubem Alves
 ' Livre como o sonho, alegre como a luz; desejo e fantasia em plena harmônia ... ♫'

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E lá no fim daquele azul, os meus acordes vão terminar. Não haverá, outro som pelo ar ... ♫'

sábado, 11 de dezembro de 2010

“Sabe o que quero de verdade? Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma. Porque sem ela, não poderia mais sentir a mim mesma.”

Clarice Lispector

"Não sei fingir que amo pouco, quando em mim ama tudo."

Vergílio Ferreira
"Não sei se o mundo é bom. Mas ele está melhor desde que você chegou ..."
Nando Reis
"O remorso do que aconteceu é sempre menor do remorso do que não fiz."

Carpinejar
É teu... mas promete que não vai machuca-lo?
"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem por que ama, nem o que é amar..."

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sei! Não é questão de aceitar Sim! Não sou mais um a negar, a gente não pode impedir, se a vida cansou de ensinar ... ♫'